domingo, 25 de janeiro de 2009

sábado, 24 de janeiro de 2009

The Rise of Spirit: A Legend is Born (or Koji Ikari's Fall and Rise)

1371. Surge um louco mendigo chorando copiosamente aos pés da estátua de Valkaria. No exato instante em que sua primeira lágrima toca a pele de pedra da deusa, um choro forte e agudo interrompe os gritos de dor de uma nobre dama da casa dos Ikari, em Tamu-ra. Nasce Koji Ikari, filho de Haku e Yukiko, neto de Mugen Kensei, o patriarca dos Ikari.
Como único neto de Mugen, Koji sempre teve muita atenção de seu avô, acompanhado com muita cobrança e expectativas. A Casa dos Ikari era responsável pelas missivas ao continente em busca de comércio, matéria-prima e informação, e também era conhecida por rivalizar até mesmo os mais poderosos samurais da guarda pessoal do Imperador com seu estilo de mãos vazias. E Koji se destacou em ambos os ofícios.
Aos 15 anos, Koji era o braço direito de seu avô nos deveres da Casa dos Ikari, mas ainda sim, escapava do serviço para se engraçar com jovens filhas de outras casas. Até que um dia, foi pego com uma jovem de uma Casa de mais prestígio, trazendo problemas para seu avô, que não pretendia mantê-los consigo. Chamou Koji a sua presença.

- Koji Ikari - começou Mugen - O que tens a dizer em tua defesa?
- Bem, os lábios dela me "enfeitiçaram" como os encantos duma nereida - uma gargalhada tentou escapar por suas narinas - ambos os lábios...
- BASTA! - Trovejou o ancião - Tu tens um dever a cumprir e uma honra a manter! Não podes sair por aí cortejando todas as jovens que tua vista consegue alcançar! Tu és um Ikari e deves agir como tal!
- Mas - ousou o jovem, agora em um tom encabulado - é muito insatisfatório...
O olhar que o jovem recebeu o deu a sensação de ter um dragão branco soprando sua espinha, de cima a baixo. Mas o ancião fechou os olhos, e deu um longo suspiro. Abriu os olhos e ordenou com gestos que o jovem se aproximasse. Pôs a cabeça ao lado da dele, de modo que a criança só pudesse ver o emblema dos Ikari na parede. E então sussurrou.
- Eu vou te perdoar da sua punição - O jovem deu um passo atrás e arregalou os olhos, arregalou mais um pouco quando viu um sorriso brotando no semblante de seu avô - Mas apenas se você puder guardar um segredo.
- E-Eu p-posso. Gaguejou o jovem.
- Eu também acho o dever um pé no saco - Neste momento, o maxilar do jovem teria ido de encontro ao chão se não estivesse preso ao crânio - Pra falar a verdade, o que eu sempre sonhei foi me aventurar pelo continente, conhecer pessoas, desbravar masmorras e quem sabe até salvar o mundo!
O jovem não tinha reação, ouvir seu avô falando daquela maneira, vulgar para seus compatriotas do Império Jade, e ainda falando de não seguir as tradições! Sua mente estava visualizando infinitas possiblilidades de realidade alternativa ao mesmo tempo, possívelmente deixaria o jovem insano, se não tivesse sido interrompido por seu avô.
- Meu neto, apesar disso, você deve se conter. Hoje mesmo eu recebi um tratado do próprio Imperador demonstrando o quão satisfeito ele está por nossos serviços que, a cada primavera, nosso melhor artista marcial de maior idade será integrado a guarda pessoal do Imperador.
- Uau! Isso deve ser uma honra! Quem será enviado essa primavera, vovô?
- Ninguém.
- Hã? Como assim ninguém?
- Ninguém. O Imperador foi claro, na primavera, o melhor e de maior idade. Você é o melhor, mas ainda não é um adulto - O rosto do jovem ficou pálido e estático - Você será o primeiro dos Ikari a fazer parte da Guarda Imperial. Mas não antes que complete seus 18 anos.
- Mas - o jovem tropeçou com as palavras um pouco - eu não quero...
- Não se preocupe, eu tenho uma solução. Enviarei você ao continente, você irá coletar informações de todos os lugares que você conseguir alcançar. E como sabemos que a civilização do continente é vasta, isto vai lhe tomar muito mais tempo que você precisa pra chegar a maioridade. Então, quando você voltar, provavelmente terá nascido outro prodígio e tomará seu lugar na guarda. Daí, você estará livre para voltar ao continente e viver aventuras fantásticas por ambas nossas vidas!

Em prantos, avô e neto se abraçaram. No dia seguinte, abraçaram-se novamente, em despedida, pois o jovem partira rumo ao continente.

Quatro anos se passaram, Koji viajou por todo o Reinado do continente, viveu algumas aventuras e participou de vários grupos de aventureiros, mas sempre cumprindo seu dever e enviando missivas precisas, volumosas e abundantes ao Império Jade. Estava de passagem em Valkaria, a capital do reinado, uma metrópole explêndida, repleta de visões desiguais e estonteantes. Mas uma delas o fez derrubar uma lágrima.
Era um bairro Tamuraniano. Ele via seu lar em um lugar distante e se sentia ótimo. Viu algumas pessoas ao redor de uma fogueira no meio de uma praça, definitivamente tamuranianos como ele. Enquanto andava em direção a fogueira, se assustava com a exatidão que o bairro copiava as casas de sua terra natal.

- Olá conterrâneos! Disse Koji com um sorriso no rosto, que logo foi interrompido com o olhar morto das pessoas da fogueira, uma delas, se dirigiu a ele.
- Então, filho? Qual teu nome? Não sabes o que aconteceu, correto?
- Ikari, Koji Ikari. Mas do que você está falando? O que houve?
- Pobre criança, doiria em meu coração por ser aquele que te roubará a inocência abençoada, mas meu coração já morreu e não pode mais sentir dor. Me desculpe, Senhor da Casa dos Ikari, mas tenho A péssima notícia.
- Do que é que você está falando?! Vamos homem! Diga logo!
- Filho, Tamu-ra morreu.

Tamu-ra morreu. Essas palavras o fizeram derrubar uma lágrima, seguida por um exército de lágrimas marchando incansavelmente em direção a fogueira. Não em marcha, mas seus últimos relatórios também cairam na fogueira e queimarem em paz, diferente de Tamu-ra, que queimou, mas não alcançou a paz. Naquela noite, Koji tomou conhecimento dos fatos e da aparição do flagelo do mundo, a Tormenta. O brilho em seus olhos haviam sumido, toda sua jovialidade e carisma haviam sido destruídos pela realidade que assolava seu lar. O jovem não conseguiu lidar com os fatos e fugiu da cidade, e correu durante horas. Passou anos isolado, tentando processar o que havia acontecido, e quando finalmente conseguiu, retornou a Valkaria, a Nitamu-ra, o Bairro Oriental, descobriu que parte de sua antiga casa estava lá, com alguns Ikari remanescentes, os mais velhos, adolescentes, estavam loucos, apenas as crianças eram lúcidas pois sua inocência havia salvado sua sanidade. Descobriu que havia uma herança de seu avô, uma pequena fortuna na verdade. Cuidou para que uma família amiga cuidasse dos que sobreviveram e da Casa Ikari, deixando uma parte da fortuna para esse fim. Todo o resto levou consigo.
Utilizou o ouro para comprar equipamentos mágicos para ajudar em sua odisséia, afinal, é preciso sobreviver para realizar o sonho seu e de seu avô de se aventurar pelo continente. Infelizmente, fez négócios com as pessoas erradas e correu risco de vida, mas foi salvo por Kratos Darkblaze, que pagou sua dívida e tostou uma dúzia de agiotas. Koji prometeu seguir com Kratos até que salvasse sua vida ou pagasse sua dívida, mas sabia que continuaria se aventurando com aquele arcano que o lembrava de sua juventude por mais tempo que isso. Provavelmente tanto tempo que apenas se separariam quando suas pernas não aguentassem seu próprio peso e seus punhos não derrubassem seus inimigos.

E seria nesse ponto que o Patriarca Koji retornaria a Nitamu-ra para cuidar de seu nome e da Cada Dos Ikari.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Lucian Willwind

No epsódio anterior...

O grupo de aventureiros parte em sua jornada através das camadas do abismo, deparando-se com nuvens de fumaça, sentindo algo estranho, tentam evitar aquela possível ameaça, uma caverna habitada por pequenos demônios é o que eles vêem, mas uma forma negro-azulada descansa na escuridão, o devorador de mentes preocupado com a revoada de vrocks vista anteriormente, propõe um combate silencioso, apos utilizar-se dos feitiços certos, um combate mudo começa, a frieza predomina nos veteranos, já nossos aventureiros temem estar se metendo em algo grande demais, felizmente o combate é fácil, e lucrativo ao ponto de estabelecer um perfeito local para dormir.

A guarda é montada e o primeiro turno acaba, cabeças descansadas, estas que conseguem ouvir passos lá fora, nesse momento fatídico um pequeno erro é cometido, subestimando a inteligência dos demônios Rurik sai da caverna invisível após avisar o restante do grupo, seu familiar sempre a frente pequeno e furtivo o suficiente, um forte sentimento de perigo invade sua mente, mesmo assim incentivado pela sua coragem e confiança em seus poderes arcanos ele avança, infelizmente ele nota que não é tão pequeno e leve como seu companheiro diminuto.

Três era o numero de bestas demoníacas, espertas armaram uma emboscada, uma ficaria na entrada evitando possíveis fugas, não há perdão para inocência no reino da malicia, e essas três criaturas sentiram isso profundamente, para acabar com as chances dos tanari* um caçador aracnídeo do abismo estava na espreita aproveitando da situação delicada, enquanto o grupo acabava com a sina dos dois eleitos lá dentro, o mais novo participante arrancava a carapaça de sua vitima, um fugitivo, sim, aparentemente ele conseguira sair de sua tumba mais ainda havia um obstáculo, suas oito patas investiram na nova vitima e sua face salivava um veneno mortal...

As mercadorias da caravana ainda estavam dentro da caverna, e o grupo tinha se livrado de um dos demônios, mas ainda havia o bebilith como foi chamado por Ram, enquanto ele tivesse os pobres desgraçados na boca ele não seria um problema foi súbita a transformação, ao lado da criatura aracnídea havia um banco estacionário de gás, visivelmente tinha o formato do hezrou que a pouco estava gorgolejando de dor, recuando e fugindo abandonando seu companheiro para a morte, nas camadas infinitas do abismo a vida é assim, simples e cruel.

Em meio a confusão, o fugitivo agora a uma distância razoável da poeira formada pela batalha deparou-se com a horrenda visão de seu superior, da grande raça dos nalfshnee demônios juizes distorcidos capazes de trazer as piores imagens de sua memória, ele decide entrar no combate, Oteniel e Arya confiando suas vidas em suas habilidades não suportaram a terrível visão de seus familiares sendo mortos pela cobiça de alguns, a besta passou por eles desprezando-os, em meio a feitiços e raios, golpes sangrentos e disparos precisos, o monstro nota sua inferioridade perante ao grupo, invocando um aliado quase tão perigoso quanto ele, ele sabia que a vergonha cairia sobre ele após o combate, sabia que seus iguais o desprezariam por necessitar de ajuda contra um bando de mortais, mas antes a vergonha que a morte, a preocupação tomou conta dos presentes, como derrotar o dobro do que já estava difícil, antes que qualquer ação fosse feita, antes de qualquer palavra dita, já estava retesada a flecha derradeira, que alinhada aos olhos de Guimble descreveu uma trajetória solene passando pelas laminas manchadas de Tristam e seguida pelo olhar examinador de Rurik, e pelo desprezo no olhar do monstro, esse semblante que mudou assim que o projétil alcançou seu destino, apenas um olho mostrava surpresa, pois o outro era incapaz de fazê-lo caindo aos pés de Oteniel, a fera agora estendia seu corpo no chão vermelho-sangue, o som de sua queda foi seguido por um breve momento de silencio enquanto a lamina empunhada pelo servo da justiça, traçava seu arco final...

A jornada tinha de continuar e não havia mais tempo para recomeçar a descansar, teriam de continuar assim, e rezar para o impossível acontecer, passar pelo abismo sem perigo...

Tanari = grande raça de demonios do abismo

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Histórias

Espaço para background/histórias dos personagens